terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Emos

           Há muito tempo venho me preparando psicologicamente para escrever sobre esse tema polêmico, os EMOS.
Quem são os emos? Bom... há várias interpretações implícitas, uma do ponto de vista deles, outra do ponto de vista dos outros, que eu acredito que não tem muita importância para um emo de verdade. Pois, penso eu, que peso tem a opinião do outro quando eu tenho certeza do que sou?

Esclareço então, que aqui está a opinião do outsider. Quem olha o movimento de fora.

Acredito que a origem do termo todos já saibam. Houve um tempo, acreditem, em que não havia emos, o que os jovens encontravam era um som chamado Hard Core Melódico (Simple Plan é um bom exemplo desse tipo de som), O HCM cresceu, ganhou muitos adeptos e novas bandas foram se formando em torno desse estilo musical. Aí é que entra o papel da mídia (jornal, revista, TV, internet e outros meios de comunicação que fazem a nossa cabeça), o mercado percebeu um grande potencial nesse estilo musical, investiu muito dinheiro com propaganda, gravações, clips, marketing em filmes, seriados, enfim... faz com que o HCM seja tão difundido quanto o nome coca-cola.

Mas Hard Core Melódico é um nome muito extenso para “grudar” na memória, vamos reduzi-lo para “emo”, talvez algum marqueteiro deve ter dito isso. Os emos ganham o mercado, tornam-se famosos, bandas de garagem se reproduzem mais rápido que ratos bem alimentados...

Algum problema aí? Acredito que nenhum...

Mais um estilo musical, mais gente trabalhando, mais diversidade... Qual a crítica então?

Bom, o HCM vem de uma história, de uma filosofia, com origens profundas ligadas ao Punk, e a uma contracultura – um som, que além de falar de amor, trazia elementos de crítica contra a cultura dominante, seja o capitalismo, a democracia ou o POP... (não vamos entrar no mérito da questão o que é cultura?)

Parece que o “emo”, ao surgir como fenômeno midiático da moda, apagou suas origens e ligações com a história “crítica” do punk, poderíamos dizer, do Rock como um todo.

Mas aí o bom emo diria, o problema é meu!

Sim, concordo... há muitas formas de ser no mundo, onde a crítica não é importante. O que eu penso é que você meu caro emo, fã de NxZero, Restart, Fiuk, entre outros... como você vê o mundo a partir do “emocore”? Será ele sombrio, colorido? Perfeito que não precise ser criticado, tão imperfeito que não valha a pena viver?

                                          Beijos Gabriela e Liziane


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